A agilidade da Produção Celular
Não, não iremos falar da produção de telefones “celulares” nas fábricas brasileiras, falaremos sim de um sistema de produção focado em criar valor da forma mais célere e eficiente possível.
A produção celular data já da década de 30. Sugerida por Flanders R.E., foi adotada por Russos, Alemães e Ingleses, no entanto, foi necessário aguardar até à década de 70 para que os Japoneses e o seu Pensamento Lean aproveitassem todo o potencial deste sistema.
A produção em células foi criada de forma a facilitar a fluidez do processo, mas como o fazem?
Num sistema de produção comum, as operações, pessoas e equipamentos estão divididos por áreas ou sectores sendo que o produto tem de transitar entre todos eles para que a criação de valor possa ocorrer, como sabemos é nestas transições que se criam os maiores desperdícios, produz-se “just in case”, criam-se stocks intermédios (WIP) de dimensões assustadoras e com eles todo o leque de desperdícios já conhecidos.
Pense numa célula de produção como uma micro empresa que foi desenhada de modo a que os componentes possam ser montados progressivamente de uma estação para a seguinte, sem que para isso tenhamos que esperar pelo final do lote (batch) para que este seja transportado de um posto para outro. O principal objectivo da produção celular é alcançar e manter um fluxo contínuo e eficiente de produção, o mais aproximado possível do one-piece-flow.
A célula de produção aproxima pessoas e equipamentos necessários para processar famílias de produto semelhantes, sem elas o produto inacabado chega a percorrer quilómetros entre as diversas fases de fabrico até estar concluído.
Parece fácil, mas...
Mas, como sabemos, este tipo de mudanças não são fáceis de implementar. Qualquer pessoa a que seja exigida uma mudança no seu padrão de trabalho sofrerá de um desconforto inicial, por vezes, é ainda de esperar uma veemente resistência em abandonar as quantidades exageradas de stock intermédio que, se por um lado os salvaguarda para alguma falha que possa ocorrer, por outro esconde problemas e ineficiências do dia-a-dia. Porém, se os problemas não são identificados não serão obviamente resolvidos, acabando o processo por nunca ser melhorado.
A produção celular data já da década de 30. Sugerida por Flanders R.E., foi adotada por Russos, Alemães e Ingleses, no entanto, foi necessário aguardar até à década de 70 para que os Japoneses e o seu Pensamento Lean aproveitassem todo o potencial deste sistema.
A produção em células foi criada de forma a facilitar a fluidez do processo, mas como o fazem?
Num sistema de produção comum, as operações, pessoas e equipamentos estão divididos por áreas ou sectores sendo que o produto tem de transitar entre todos eles para que a criação de valor possa ocorrer, como sabemos é nestas transições que se criam os maiores desperdícios, produz-se “just in case”, criam-se stocks intermédios (WIP) de dimensões assustadoras e com eles todo o leque de desperdícios já conhecidos.
Pense numa célula de produção como uma micro empresa que foi desenhada de modo a que os componentes possam ser montados progressivamente de uma estação para a seguinte, sem que para isso tenhamos que esperar pelo final do lote (batch) para que este seja transportado de um posto para outro. O principal objectivo da produção celular é alcançar e manter um fluxo contínuo e eficiente de produção, o mais aproximado possível do one-piece-flow.
A célula de produção aproxima pessoas e equipamentos necessários para processar famílias de produto semelhantes, sem elas o produto inacabado chega a percorrer quilómetros entre as diversas fases de fabrico até estar concluído.
Parece fácil, mas...
Mas, como sabemos, este tipo de mudanças não são fáceis de implementar. Qualquer pessoa a que seja exigida uma mudança no seu padrão de trabalho sofrerá de um desconforto inicial, por vezes, é ainda de esperar uma veemente resistência em abandonar as quantidades exageradas de stock intermédio que, se por um lado os salvaguarda para alguma falha que possa ocorrer, por outro esconde problemas e ineficiências do dia-a-dia. Porém, se os problemas não são identificados não serão obviamente resolvidos, acabando o processo por nunca ser melhorado.
Outro desafio é a necessidade de criar uma célula produtiva capaz de lidar com diferentes produtos, variações de carga celular assim como, diferentes tempos de fabrico entre estações e nos estrangulamentos que eventualmente possam causar. Talvez o maior desafio de todos esteja na construção de um abastecimento logístico apto para lidar com as transferências de componentes inter e intra-celulares. Todos estes desafios devem ser considerados em prol da criação de um fluxo eficiente na fabricação celular.
Ok, Agora parece demasiado difícil, será que vale a pena?
Como sabemos problemas diferentes requerem abordagens diferentes, a produção celular não é exceção, organizações em que o grosso da sua produção é um mix elevado de produtos com baixos volumes de produção podem tornar o sistema celular difícil de gerir. É na situação inversa que este sistema demonstra todo o seu potencial.
O segredo de uma célula de produção está na simplificação dos processos, isto é, torna-se mais vantajoso ter três máquinas simples e acessíveis, que apenas executem uma ação de cada vez, do que uma máquina complexa e dispendiosa capaz de substituir as três iniciais mas que necessita de longos períodos de paragem para mudança de setup e que não permite escalar a produtividade em função procura do momento.
A produção celular traz consigo inúmeros benefícios para a organização, para além de nos aproximar do fluxo unitário de produto e da consequente redução de desperdícios inerentes à produção em lote, conseguimos facilitar a troca de comunicação entre os trabalhadores da célula ao mesmo tempo que incutimos um espírito de equipa dentro da mesma.
Devemos igualmente focar esforços na flexibilização da nossa equipa de trabalho pois, para além dos ganhos inerentes a ter colaboradores não com uma mas várias competências, conseguimos melhorar a agilidade de resposta da organização às flutuações na procura do mercado. Note que este sistema consegue funcionar apenas com um trabalhador para as várias estações até ao limite de um trabalhador para cada estação da célula adequando assim, de forma gradual a produção às necessidades.
Ao formarmos colaboradores capazes de compreender e de realizar funções em diferentes estações estamos a facultar-lhes uma visão mais abrangente do fluxo de criação do produto. Este tipo de cooperação e visibilidade é extremamente benéfico no percurso rumo à melhoria contínua.
Ok, Agora parece demasiado difícil, será que vale a pena?
Como sabemos problemas diferentes requerem abordagens diferentes, a produção celular não é exceção, organizações em que o grosso da sua produção é um mix elevado de produtos com baixos volumes de produção podem tornar o sistema celular difícil de gerir. É na situação inversa que este sistema demonstra todo o seu potencial.
O segredo de uma célula de produção está na simplificação dos processos, isto é, torna-se mais vantajoso ter três máquinas simples e acessíveis, que apenas executem uma ação de cada vez, do que uma máquina complexa e dispendiosa capaz de substituir as três iniciais mas que necessita de longos períodos de paragem para mudança de setup e que não permite escalar a produtividade em função procura do momento.
A produção celular traz consigo inúmeros benefícios para a organização, para além de nos aproximar do fluxo unitário de produto e da consequente redução de desperdícios inerentes à produção em lote, conseguimos facilitar a troca de comunicação entre os trabalhadores da célula ao mesmo tempo que incutimos um espírito de equipa dentro da mesma.
Devemos igualmente focar esforços na flexibilização da nossa equipa de trabalho pois, para além dos ganhos inerentes a ter colaboradores não com uma mas várias competências, conseguimos melhorar a agilidade de resposta da organização às flutuações na procura do mercado. Note que este sistema consegue funcionar apenas com um trabalhador para as várias estações até ao limite de um trabalhador para cada estação da célula adequando assim, de forma gradual a produção às necessidades.
Ao formarmos colaboradores capazes de compreender e de realizar funções em diferentes estações estamos a facultar-lhes uma visão mais abrangente do fluxo de criação do produto. Este tipo de cooperação e visibilidade é extremamente benéfico no percurso rumo à melhoria contínua.
"If everyone is moving forward together, then success takes care of itself."
Henry Ford
Henry Ford
João Castro
ex-Consultor CLT Services
consulting@cltservices.net
936 000 079/88 | 223 277 835
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