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Agilidade Lean

Quando a Comunidade Lean Thinking deu os primeiros passos (2006) tínhamos como slogan “lean today, win tomorrow”, anos mais tarde e após alguns sucessos e fracassos na implementação lean sentimos que o slogan não era o mais adequado. Não porque o slogan original esteja errado, pelo contrário, mas porque só “lean” hoje não chega. Isso levou-nos gradualmente a rever os conceitos e com algum atrevimento começamos a falar na terceira geração do pensamento lean. A agilidade é um elemento que falta neste paradigma de gestão (e a mesma não é colmatada nem com o Six Sigma nem com a Theory of Constraints). De pouco nos vale termos uma empresa “magra” se não for ágil.

Jim Highsmith, um dos maiores gurus da Agilidade define-a como a capacidade de equilibrar flexibilidade e estabilidade. Flexibilidade traduz-se na capacidade de rápida adaptação e Estabilidade refere-se à estrutura interna de suporte (evitando situações caóticas na Organização).

Um dos elementos-chave do Lean Management é a melhoria contínua (kai-zen) e enquanto esta for aplicada em situações simples e isoladas e enquanto houver envolvimento das pessoas tudo corre bem. Quem já implementou ou acompanhou iniciativas de melhoria contínua na vida real ao verificar os pontos que se seguem tenderá a pensar “eu já vi este filme várias vezes”:
  1. Um problema ou uma melhoria potencial é identificada;
  2. Uma análise detalhada das causas-raiz pode ou não ter sido feita;
  3. É elaborado um plano de melhoria detalhado com indicadores de desempenho-chave, actividades etc;
  4. No início, o esforço de melhoria é comunicado com muito entusiasmo (“agora é que vai ser!”), mas depois…
  5. Nada realmente acontece e a Empresa volta ao estado inicial;
  6. Alguns meses depois, ninguém mais se lembra do assunto (nem querem lembrar).

Há várias explicações para este “filme”. Alguns exemplos: falta de envolvimento da gestão, falta de tempo e outros recursos, falta de conhecimento, pressão para obter resultados, etc., etc… Mas há uma explicação que achamos que deverá ser incluída na lista: a falta de agilidade na abordagem lean. No seu livro “Workplace Management” Taiichi Ohno (1912-90) teve a coragem de assumir a necessidade de corrigir as decisões:

 

“We were taught that it is a bad thing to give orders in the morning and then change them in the afternoon, but I think that as long as 'the wise mend their ways' and 'the wise man should not hesitate to correct himself', then we must understand this to mean that we should, in fact, revise the morning’s orders in the afternoon.”

Se de tarde tivermos que corrigir as decisões da manhã, então façámo-lo! Façamo-lo porque inicialmente estávamos errados ou porque as condições do mercado assim o exigem e é crucial sermos ágeis (adaptarmo-nos à mudança).

Em meados de 2012 que começamos a trazer a estrutura Scrum para o seio da nossa actividade. Foi então que Christiane Tscharf se formou em Scrum Master e Scrum Agile Developer pela ScrumStudy (sendo a CLT Services um Parceiro Acreditado). Há dois anos atrás foi a minha vez de ser Scrum Master.

Não arrumamos o Scrum na estante da “gestão de projectos”, pelo contrário. Descobrimos que Scrum poderá dar a “agilidade” que falta ao lean management e que as duas abordagens se complementam formando uma relação win-win entre elas.

Scrum, como estrutura ágil, é adaptativo, iterativo, rápido, flexível, interactivo e eficaz. Garante a entrega de valor rapidamente e ao longo do projecto. Partindo desta ideia, porque não pegar nos princípios e artefactos do Scrum e aplicá-los aos projectos de melhoria contínua para que “aquele filme” que há pouco vimos, não volta a repetir-se?

Pois bem, é esse o desafio que temos agora em mãos e que em breve daremos conhecimento à Comunidade. A imagem que serve de rosto a este artigo mostra um pouco o que estamos a fazer no sentido da agilidade lean.

Stay tuned!
Think lean, be agile.


João Paulo Pinto
(https://www.linkedin.com/pulse/agilidade-lean-joao-paulo-pinto-phd-msc-eng-)
 


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