JI KOTEI KANKETSU, fazer bem, com brio e orgulho
JKK é a designação Japonesa para um dos sistemas de suporte à qualidade na Toyota, um dos pilares do TPS (sistema de produção da Toyota). O termo “Ji” significa “próprio”, “kotei” significa “processo” e “kanketsu” significa “conclusão”, ou seja, JKK pode ser traduzido como “concluir o seu trabalho”. Conhecendo o empenho e o respeito dos Japoneses pelo trabalho, JKK é muito mais que concluir o trabalho, é fazê-lo com brio e orgulho, não passando defeitos ou falhas para as etapas seguintes. É fazer bem à primeira. Neste sentido, JKK apela ao auto-controlo, ao respeito pelo trabalho (fazendo-o ainda melhor) e à focalização no cliente (ie, o próximo processo).
Todos sabemos que numa Organização somos todos simultaneamente clientes e fornecedores. No caso da Toyota, JKK começa na concepção com o design do produto procurando obter o melhor da engenharia do produto e do processo, ou seja, o melhor design (um produto que simultaneamente considere as necessidades e expectativas do cliente sem perder de vista os interesses da empresa). Metodologias como QFD (quality function deployment), incorporação da VOC (voice of customer) no design e a DFX (ex. design for assembly) são exemplos concretos do que pode ser aplicado nas fases iniciais e que resultará no “melhor design".
Após a concepção segue-se o processo de compra de modo a garantir qualidade e serviço por parte dos fornecedores. Depois segue-se o fabrico, mantendo e melhorando os padrões (work standards). Finalmente, o processo de venda e assistência pós-venda.
A figura que se segue apresenta a estrutura JKK na Toyota.
A sigla EDER mencionada na figura refere-se a um sistema de comunicação para rapidamente detectar problemas de qualidade e desencadear a sua solução. O veículo normalmente usado para denunciar os problemas é o quadro andon.
A Toyota aplica o modelo JKK como parte do seu sistema kaizen. Ao focar no processo e ao identificar os seus pontos fracos a Toyota estará a revelar áreas de melhoria. O conceito de jidoka (autonomia para parar o processo) está presente no modelo JKK é aplicado do seguinte modo:
Ao concentrar-se no seu processo, a cada colaborador é pedido que se focalize no processo seguinte – para garantir que este é bem-sucedido. Deste modo, JKK incute nas pessoas uma visão global dos processos (não apenas se centrando no seu). A criação de meios para o “self quality check” e a capacidade para parar quando algo não está bem são duas das ideias base do sistema JKK.
Em resumo, Ji Koutei Kanketsu é um conceito a não esquecer, algo que pode ser aplicado a qualquer tipo de actividade, seja ela do sector industrial ou dos serviços.
João Paulo Pinto
Todos sabemos que numa Organização somos todos simultaneamente clientes e fornecedores. No caso da Toyota, JKK começa na concepção com o design do produto procurando obter o melhor da engenharia do produto e do processo, ou seja, o melhor design (um produto que simultaneamente considere as necessidades e expectativas do cliente sem perder de vista os interesses da empresa). Metodologias como QFD (quality function deployment), incorporação da VOC (voice of customer) no design e a DFX (ex. design for assembly) são exemplos concretos do que pode ser aplicado nas fases iniciais e que resultará no “melhor design".
Após a concepção segue-se o processo de compra de modo a garantir qualidade e serviço por parte dos fornecedores. Depois segue-se o fabrico, mantendo e melhorando os padrões (work standards). Finalmente, o processo de venda e assistência pós-venda.
A figura que se segue apresenta a estrutura JKK na Toyota.

A sigla EDER mencionada na figura refere-se a um sistema de comunicação para rapidamente detectar problemas de qualidade e desencadear a sua solução. O veículo normalmente usado para denunciar os problemas é o quadro andon.
A Toyota aplica o modelo JKK como parte do seu sistema kaizen. Ao focar no processo e ao identificar os seus pontos fracos a Toyota estará a revelar áreas de melhoria. O conceito de jidoka (autonomia para parar o processo) está presente no modelo JKK é aplicado do seguinte modo:
- Para cada tarefa definir claramente o objectivo e procedimento de execução;
- Clarificar os pontos críticos para a qualidade (ryohin jyoken);
- Criar ou rever padrões;
- Contactar prontamente o supervisor ou chefe de secção se algum problema ocorrer (ie, se algum padrão não for respeitado).
Ao concentrar-se no seu processo, a cada colaborador é pedido que se focalize no processo seguinte – para garantir que este é bem-sucedido. Deste modo, JKK incute nas pessoas uma visão global dos processos (não apenas se centrando no seu). A criação de meios para o “self quality check” e a capacidade para parar quando algo não está bem são duas das ideias base do sistema JKK.
Em resumo, Ji Koutei Kanketsu é um conceito a não esquecer, algo que pode ser aplicado a qualquer tipo de actividade, seja ela do sector industrial ou dos serviços.
João Paulo Pinto