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Liderar à distância

Não, não estou a falar de liderar a através do telefone ou por correio eletrónico, falo sim de liderar sem estar continuamente a colocar obstáculos ou a micro gerir todos os passos dados pela sua equipa.

Este género de chefia age muitas vezes de forma inconsciente, não se apercebendo que ao exigir que todos os detalhes passem pelas suas mãos e sejam executados à sua maneira, enviam um preocupante sinal de “falta de fé” e confiança para com os seus funcionários.

Torna-se repressivo e desencorajante para a equipa sentir que o seu líder não valoriza os seus esforços e propostas de melhoria. Pode funcionar durante algum tempo?

Pode, mas é como uma âncora para o progresso, uma vez que ao fim de algum tempo a pessoa perde toda a iniciativa e atua de forma indiferente só se preocupando em cumprir ordens.

Esta incapacidade de soltar as pessoas deixando-as livres para tomar as suas próprias decisões e até quem sabe, cometer erros, acaba por estrangular o crescimento dos seus trabalhadores e por conseguinte da organização.

Para contrariar este resultado negativo devemos focar-nos em dois princípios: Autonomia e Responsabilidade, princípios estes que devem ser disseminados por toda a organização, pois só com eles a sua equipa pode evoluir e tornar-se independente e verdadeiramente Lean.

“Mas se a equipa se tornar independente então eu deixo de ter préstimo para a organização!”

Sim e não. Depende do que considera ser um préstimo para a organização.

Ao delegar responsabilidades dá um sinal claro aos seus colaboradores que confia na sua competência e que valoriza as suas capacidades, ao fazê-lo está a transmitir as suas elevadas expetativas, motivando-os a dar o seu melhor para, deste modo, estar à altura das mesmas.
Adicionalmente, ao libertar-se de algumas responsabilidades ganha tempo para poder dedicar-se a efetivamente ajudar a sua equipa a lidar com os problemas que estrangulam a sua produtividade e bem-estar, fortalecendo assim a união e o desenvolvimento da sua equipa.

Por outro lado…

Um chefe “supervisor” que ao bom estilo ditatorial, censura e oprime todos os que pensam de forma diferente da sua, incutindo o medo e promovendo a atribuição de culpas (mas nunca das conquistas) não é grande mais-valia para a empresa. Bem pelo contrário, é um ativo tóxico e dispensável.

Não é demais referir a urgência em abrir mão desta abordagem comprovadamente ineficaz.

A base de qualquer projeto ou iniciativa lean são como sabemos as pessoas, se imaginarmos que uma organização é um rio e que o nosso objetivo é chegar à outra margem, então as pessoas serão a água que, como um todo, gera uma corrente que nos pode dificultar ou facilitar a travessia do mesmo. A realidade é que se não as virmos como tal, é garantido que apenas iremos perder tempo e energia tentando remar contra a maré.
Percebendo então que não há Lean sem Mudança e que não há Mudança sem as pessoas torna-se fulcral dar a devida atenção a este tema que é tantas vezes desvalorizado, lembrando-nos que a mudança parte de cima.
 
"The greatest leader is not necessarily the one who does the greatest things.
He is the one that gets the people to do the greatest things."
Ronald Reagan
 
João Castro
ex-Consultor CLT Services

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