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O Modelo SCOR

Apresentação do modelo

Modelo Supply Chain Operations Reference - SCOR ® descreve as actividades de negócio associadas a todas as etapas de satisfação do pedido do cliente.

Como modelo de referência, está organizado em seis processos de gestão primários:
  • Plan (planeamento),
  • Source (fornecimento),
  • Make (execução),
  • Deliver (entrega), 
  • Return (devolução),
  • Enable (facilitador).

Entendam-se estes processos como “building blocks” (blocos de construção) pois com eles o modelo SCOR pode descrever qualquer tipo de cadeia de fornecimento usando partes comuns a diferentes tipos de actividade empresarial.

O modelo SCOR pode ser usado para avaliar cadeias de fornecimento já implementadas ou usado na concepção e instalação de novas cadeias de fornecimento.

O modelo descreve todas as relações com os clientes, todas as transações físicas de materiais (incluindo equipamentos, peças de reserva, software, etc.) e todas as interacções de mercado (desde o fabrico à entrega das encomendas).

O modelo foca-se nos três primeiros níveis de detalhe dos processos de gestão primários (ie, P-S-M-D-R-E) e não detalha o modo particular de cada Organização em termos de condução do seu negócio ou customização dos seus sistemas ou ainda do fluxo de informação.



Origem do modelo


O modelo foi desenvolvido em 1996 pela PRTM (actualmente integrada na PwC) e pela AMR Research (actualmente parte do Gartner Group) e promovido pelo Supply Chain Council (SCC, hoje parte integrante da APICS).

A primeira vez que entrei em contacto o modelo SCOR foi no início do milénio e tinha em mãos a 4ª versão do SCOR. De acordo com a APICS, o SCOR vai já na 11ª versão (guia de referência disponível neste link), tendo sido revisto/actualizado mais de 30 vezes.

Muita coisa mudou nestes 20 anos de tal modo que o SCOR é hoje largamente aceite como o modelo de referência para a avaliação, desenho e melhoria da SCM em inúmeros sectores de actividade empresarial. Por esta razão será uma das ferramentas de referencia a usar no primeiro módulo do MBA em Logística e SCM que a CLT promove desde 2014.


 

Os pilares do modelo SCOR


A partir da 10ª versão, o modelo SCOR passou a contar com quatro pilares de suporte:
  • PROCESSOS (modelar e re-engenharia de processos) – este pilar faz uso dos seis processos de gestão anteriormente referidos (ie, P-S-M-D-R-E), podendo a partir destes modelar qualquer tipo de cadeia de fornecimento. O modelo SCOR fornece três níveis de detalhe: Âmbito (nível 1), Configuração ou tipo de cadeia de fornecimento (nível 2) e Detalhes dos elementos de processos (nível 3) incluindo atributos de desempenho. Além deste nível de detalhe, o modelo SCOR não interfere dada a especificidade de cada negócio e respectivos processos de trabalho;
  • DESEMPENHO – o modelo SCOR sugere mais de 150 indicadores-chave de desempenho (kpi) para avaliar o desempenho da cadeia de fornecimento. Estas métricas resultam da experiência e do conhecimento de todos aqueles que contribuíram para o desenvolvimento do modelo. Tal como acontece com o pilar anterior, também os indicadores são agrupados em três níveis. Exemplos de métricas do primeiro nível são apresentados na figura que se segue. Outros Kpi´s aplicados na SCM podem ser encontrados aqui neste link;


  • BOAS PRÁTICAS – o modelo SCOR sugere mais de quatro centenas de práticas executáveis, as quais derivam do contributo dado pelas organizações responsáveis pelo desenvolvimento do SCOR. No modelo SCOR, as boas práticas são classificadas como: Actuais, Estruturadas, Validadas e Transferíveis.
  • PESSOAS – (skills, conhecimento e experiência), a ver no ponto que se segue.


 

As pessoas no modelo SCOR (o quarto pilar)


A 10ª versão do SCOR induziu uma secção muito importante na SCM: as pessoas. Até então, o SCOR centrava-se nos processos, nas métricas e nas boas práticas. Esta secção dá orientações quanto à gestão do talento na cadeia de fornecimento ao incorporar um padrão para a descrição do expertise necessário para realizar tarefas e gerir processos. Deste modo, é garantido o alinhamento das competências (pessoas) com os processos.

À semelhança do que se faz no âmbito da filosofia Lean Thinking, o modelo SCOR promove a criação de padrões para que o output de cada processo exija o menor input de tempo e de energia. Sendo este “input” caracterizado por uma definição padrão da experiência, da atitude e do treino necessários.


 

Conclusão


SCOR não se resume a este texto, há ainda muito para explorar sobre o modelo, mas isso deixamos para o MBA em Logística e SCM. Por agora ficamos com estas ideias:

SCOR é um modelo de referência e pode ser usado como um roadmap para a melhoria da SCM;

  • A estrutura do modelo (ver de novo os quatro pilares) fornecem uma linguagem comum e transversal a toda a cadeia de fornecimento;
  • O conhecimento reunido pelo SCC permite às empresas evitar muitos erros e ganhar tempo na implementação das suas cadeias de fornecimento;
  • A APICS, proprietária do SCOR disponibiliza um conjunto de informações úteis sobre o modelo, sem dar pistas sobre a sua implementação. Para aqueles que estão a dar os primeiros passos no SCOR, a APICS disponibiliza uma app para telemóveis ou tablets.
  • O modelo incorpora uma filosofia de melhoria contínua (não apenas na perspectiva da empresa que o aplica, mas também no desenvolvimento do modelo em si). 

Para garantir o material certo, no momento certo, tal como prometido, a gestão da cadeia de fornecimento (SCM) necessita de aplicar o modelo SCOR, recorrendo à sua estrutura e pilares.

João Paulo Pinto (https://www.linkedin.com/pulse/o-modelo-scor-joao-paulo-pinto-phd-msc-eng-)

 



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