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Tendências na Gestão da Cadeia de Fornecimento

Costumo dizer aos meus Alunos e Formandos que a cadeia de fornecimento é das áreas de atividade empresarial com maior potencial de criação de valor. É lá, na cadeia, que residem as maiores oportunidades para criar mais-valia para clientes e demais stakeholders. É também lá na cadeia onde temos maires oportunidades de crescimento.

Agora que estamos para iniciar mais uma edição do MBA em Logística e Supply Chain Management (SCM) foi-me lançado o desafio de identificar as tendências na Gestão da Cadeia de Fornecimento para os próximos tempos (um a dois anos, porque mais que isso é futurologia).

Respondendo ao desafio, foi possível identificar as seguintes tendências:
  • EDI (electronic data interchange), apesar de não ser um conceito nada recente, as organizações que não se conectarem entre si através de sistemas eletrónicos para a transferência de dados terão muitas dificuldades em se manterem num mercado cada vez mais exigente e rápido;
  • Toda e qualquer cadeia de fornecimento que se pretenda competitiva será digital, a título de exemplo ver este filme;
  • Realidade aumentada (AR, augmented reality) será certamente uma forte tendência na SCM, podendo ser aplicada em áreas como: otimização das operações de picking, planeamento de instalações, simplificação das operações de carga/descarga e apoio na gestão de frotas;
  • Lidar com a complexidade será vital – pegar em questões complexas e torna-las facilmente compreensíveis, desdobrando a informação em blocos facilmente assimilados será um grande desafio e um driver para o desenvolvimento da SCM;
  • Colaboração é primordial – a colaboração entre organizações de uma cadeia é fundamental para a sobrevivência desta. As empresas que não partilhem, que não se integrem e colaborem não estão aptas a sobreviver num mercado cada vez mais exigente;
  • Transição para a cloud (nuvem) – o crescente crescimento de custos com sistemas de informação “empurrará” mais e mais empresas (e respetivas cadeias de fornecimento) para aplicações residentes na cloud;
  • Aplicação da inteligência artificial (AI) no desenvolvimento de aplicações para a gestão da cadeia de fornecimento e desenvolvimento de sistemas como armazéns inteligentes, veículos autónomos, sistemas robotizados, integração de drones na cadeia de fornecimento, entre outros;
  • Segurança de dados será uma preocupação-chave. Não apenas por questões relacionadas com a proteção de dados relativos a clientes e respetivas transações como também a preocupação com a proteção e segurança de dados resultantes da interatividade empresarial na cadeia de fornecimento. Espera-se que os investimentos neste domínio continuem a crescer um a dois dígitos;
  • Aumento da necessidade de rastreabilidade – o aumento da flexibilidade e agilidade da cadeia de fornecimento reforça-se com a rastreabilidade de processos e produtos em tempo-real;
  • Custos de mão-de-obra – estes custos representarão um grande desafio. Acompanhar a produtividade e prever as necessidades de mão-de-obra será uma necessidade crítica;
  • Aplicações móveis serão dominantes – seja qual for a função ou o papel, é importante investir na mobilidade em toda a cadeia de fornecimento;
  • Análise massiva de dados terá um grande impacto – quer seja para melhorar o planeamento e o controlo das operações na SCM ou para criar cadeias lean e ágeis (sincronizadas com sistemas de gestão de materiais sofisticados);
  • Proliferação omnicanal – a otimização de stocks terá grande importância à medida que a disponibilidade dos produtos e o tempo de satisfação dos pedidos se torna essencial em todos os canais de distribuição da cadeia;
  • Renovado interesse na aplicação dos princípios lean na gestão da cadeia de fornecimento – a preocupação pela eliminação de desperdícios ao longo de toda a cadeia de fornecimento encontrará no pensamento lean um excelente aliado;
  • Tornar a cadeia de fornecimento circular em vez de linear – o desafio não é novo, contudo apesar dos sucessivos avanços e recuos, a logística reversa vai finalmente assumir o seu lugar, ver figura abaixo.



A lista é extensa e os desafios são enormes. Nenhuma destas tendências resultarão em benefício para as cadeias de fornecimento se as empresas que as integram não colaborarem e não estiverem em total sincronização com a procura (ie, o cliente-final).
 
João Paulo Pinto (https://www.linkedin.com/in/jpopinto/)
Experienced Lean Operations Manager
(CEO CLT Services)
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