Nos últimos anos o tema Liderança tem vindo a conquistar cada vez mais notoriedade. Talvez a globalização e a crise que se tem abatido sobre nós torne os colaboradores mais atentos e exigentes perante as suas chefias, ou talvez seja mais um tema “quente” nas redes sociais, o certo é que todos nós já sentimos na pele os constrangimentos de ser dirigido por um chefe ao invés de um líder.
Cabe à Liderança acolher cada colaborador e promover a aprendizagem que aperfeiçoe as aptidões deste, nas funções para as quais foi selecionado, a realização profissional é também e sempre uma das formas de realização pessoal. A este nível, a comunicação a estabelecer com cada membro da equipa, deve ser assertiva, isto é, se entendermos que cada um tem a uma visão pessoal, a emissão de juízos de valor e a falta de sensibilidade na comunicação gera indiferença e desmotivação.
Como podemos avaliar a qualidade da liderança?
Um bom líder é aquele que consegue, alcançar bons resultados através do desempenho da sua equipa, incentivando o desenvolvimento individual e preservando a coesão e o bem-estar do grupo. Para o conseguir, o líder necessita de ter a humildade de saber que depende da sua equipa para alcançar o sucesso, logo, a sua função principal consiste em selecionar os membros da equipa e fortalecer a confiança, reciprocidade e autonomia da equipa de forma a alcançarem os objetivos. A realização de Gemba Walks é uma excelente forma de mostrar disponibilidade e respeito para com os colaboradores uma vez que, permite visualizar oportunidades de melhoria e de, em conjunto, descobrir a causa raiz dos seus problemas.
Ao nível da liderança e comunicação organizacional, encontra-se frequentemente um desfasamento entre o que a administração da empresa define como visão futura e o processo de comunicação interno utilizado para a alcançar. Por vezes, esta estratégia não é corretamente disseminada pelos departamentos o que se traduz numa falta de coerência nos objetivos definidos ao longo da organização.
Saber como desdobrar a estratégia numa hierarquia vertical não é tarefa fácil, é aqui que a metodologia de desdobramento estratégico Hoshin Kanry pode ajudar as organizações a criar um alinhamento entre a gestão de topo e a gestão operacional.
Como funciona?
Antes de mais é importante referir que a ferramenta não serve para definir a estratégia, essa deve ser definida pela gestão de topo que pode (e deve) utilizar ferramentas como:
Após definida a estratégia, podemos então começar a implementar o Hoshin como caminho para alcançar processos de negócio que resultem em vantagens competitivas (Qualidade, entrega, inovação, desenvolvimento humano) sustentadas.
Comecemos por definir:
É no plano a curto prazo (ex: 6meses a 1ano) que o HK mostra todo o seu potencial, recorrendo à estratégia definida pela gestão de topo, à Matriz X, e ao ciclo PDCA conseguimos obter iniciativas focadas na:
Através do HK transformamos a visão de negócio em objetivos (SMART), no fundo, “trocamos por miúdos” a estratégia definida pela administração o que é uma mais-valia para os líderes que, desta maneira, podem focar-se em motivar as suas equipas para atingir os objetivos (SMART) e a resolver problemas não só no seu departamento, mas de uma forma transversal tendo a certeza de que, se todos fizerem o seu trabalho, a organização alcançará o destino pretendido.
Alice: “Which way I ought to go from here?”
The Cheshire Cat: “That depends a good deal on where you want to get to.”
Alice: “I don’t much care where.”
The Cheshire Cat: “Then it doesn’t much matter which way you go.”
Lewis Carroll, Alice in Wonderland